terça-feira, 29 de março de 2011

Iron Maiden - The Final Frontier World Tour 2011

Uma das maiores bandas de heavy metal do mundo se apresentou no estádio do Morumbi na noite de sábado dia 26. 50 mil fãs participaram do primeiro show da turnê do álbum The Final Frontier, o 15º álbum de estúdio da banda, no Brasil. É a nona vez que o Iron Maiden faz shows em solo nacional e eu estava presente mais uma vez.


Os portões se abriram às 15:10 e os primeiros metaleiros que passaram a noite esperando entraram no estádio. Às 19:30 a banda Cavalera Conspiracy, banda formada pelos irmãos Max e Igor Cavalera, ex-Sepultura, subiu no palco para fazer o show de abertura da noite. Divulgaram seu novo álbum entre outras musicas da carreira e ainda mandaram os clássicos do Sepultura como Refuse/Resist, War for Territory, Roots Bloody Roots, dando uma animada no publico.
Após o show de abertura os roadies começaram a arrumar o palco para o grande momento da noite. Exatamente as 21 horas as luzes do estádio se apagaram enquanto se ouvia Doctor Doctor do UFO e todo fã de Iron Maiden sabe o que isso significa, que em instantes o sexteto entraria no palco. Assim que a musica acabou, nos telões exibia o vídeo de abertura, a introdução de Satelite 15...The Final Frontier começava, com algumas explosões e uma viajem pelo espaço e o fundo do palco iluminado imitando estrelas. Terminando o vídeo as luzes do palco se acendem fazendo todos entrarem em euforia vendo Dave Murray, Adrian Smith, Steve Harris, Janick Gers, Nicko

McBrain e Bruce Dickinson, tocando Satelite 15...The Final Frontier, a primeira musica do novo album. No refrão todos cantava juntos com Bruce. Depois foi a vez de El Dorado, onde Bruce começava a explorar as plataformas que corriam em torno do palco e gritar “Scream For me São Paulo”, sem contar que o fundo do palco mudava de acordo com a musica. O show seguiu com um clássico de 1984, do álbum Powerslave, 2 Minutes to Midnight e The Talisman, outra musica recente da banda. Hora de Bruce fazer contato com o publico. Sempre carismático e bem humorado Mr. Dickinson arranha um português saudando o publico com “Boa Noite! Obrigado!” e ainda brinca um pouco dizendo” Ninguém viu este show que estamos tocando para vocês. Guardamos energia para o Brasil. Sei que vocês têm de ir à igreja amanhã, mas vamos mantê-los aqui por um tempo” e mandou outra musica nova pra galera, Coming Home. Vejo essa musica como uma dedicatoria a todos que de uma forma direta e indireta fazem parte da turnê da banda, todas as pessoas que se conhecem nesse caminho. Depois foi a vez de tocarem Dance
of Death do álbum homônimo de 2004, com Janick Gers tocando violão nesta faixa.

The Trooper deu continuidade no set list com Bruce vestindo uniforme vermelho de cavaleiro e hasteando a bandeira inglesa. Sem contar a sincronia das 3 guitarras nesta musica, uma sonoridade impecável. Tocaram duas musicas do album Brave New World de 2000, The Wicker Man e Blood Brothers, esta dedicada a todos os fãs do Iron Maiden pelo mundo, com uma homenagem especial aos japoneses devido aos fortes terremotos ocorridos no começo do mês. When the Wild Wind Blows foi a última música do álbum novo. A partir daí, só clássicos da banda foram executados, The Evil That Men Do com aparição da mascote da banda Eddie de 4 metros de altura andando pelo palco, chegou ate a tocar guitarra durante musica. Fear of The Dark foi à próxima, e se ouvia “OOHH OOOOOHHHH OOHH OOHH” ecoando pelo estádio.




A primeira parte do show foi fechada com Iron Maiden e outro Eddie apareceu no fundo do palco, mas apenas seus dedos, ombro e cabeça, este fez sua primeira aparição da turnê no Brasil.
O bis começou com The Number of The Beast com outro boneco ao fundo imitando a “besta” mesmo. Outra música que não falta no setlist o Iron é Hallowed Be Thy Name em outra apresentação perfeita. A ultima música do show foi Running Free, uma das primeiras música da banda ainda com Paul Di’anno nos vocais. Enquanto era tocada, Bruce apresentava a banda e dizia que não importa o que o Iron Maiden fizer, eles viram sempre tocar em São Paulo. E foi assim que mais uma passagem da banda por São Paulo se encerrou.

Com mais de 30 anos de carreira e seus integrantes com mais de 50 anos de vida o Iron parece cada vez melhor, que nem vinho. A harmonia da banda é incrível. Os solos de guitarra cada vez mais técnicos e com bastante feeling. Dave Murray sola muito. Adrian Smith é um compositor e um guitarrista e tanto. Janick Gers alem de tocar muito bem tem uma presença de palco arrasadora, arremessando guitarra pra cima e dançando enquanto toca. O baixo do Steve Harris pesado como sempre, o considero um dos melhores baixistas do mundo. Nicko McBrain fica escondido atrás de sua enorme bateria e não para um minuto com suas batidas pesadas. E não podemos esquecer Bruce Dickinson, sabe mesmo agitar os fãs, o tempo todo fazendo a platéia cantar com ele.
Espero que o Iron Maiden volte logo para São Paulo, um show que vale a pena ver milhões e milhões de vezes, porque cada apresentação é única e sempre melhor que a outra.

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