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No mais, é uma bela história e os desenhos de Carmine Di Giandomenico são únicos. O traço pode estranhar no começo por sua simplicidade, mas depois acostuma-se. A maior virtude do desenhista é a dinâmica nas cenas de ação. Tudo parece realmente mover-se como na cena em que Max arremessa uma lança, de ponta de ferro, mais longe que seus colegas de classe. Aliás, é sútil como o autor, Greg Pak, consegue demonstrar a inocência de todos que não percebem o poder mutante de Max. Seu pai diz que o filho tem olhos aguçados. E a medida em que fica mais claro a utilidade dos poderes do jovem Magneto na trama, achamos que eles serão cruciais em momentos angustiantes. Greg Pak caminha o leitor, mas o surpreende de forma gratificante.
A influência de uma das maiores HQ's da história é nítida no roteiro de Pak e também na arte de Giandomenico. Maus está ali, em quase todas as cenas, principalmente quando somos levados à Auschwitz. Não que a HQ tente copiar a obra prima de Art Spiegelman, mas a toma como base, pois os relatos em Maus são os mais verídicos retratados em quadrinhos.
Magneto Testamento não é uma obra prima, mas para os fãs de quadrinhos é uma visão a mais do universo e do passado de um dos maiores vilões (ou não) das HQs.
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